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Gestação Ectópica

15/04/2022

Dr. Cesar Roberto Camargo - CRM: 39.997

Atualmente é inadmissível que uma mulher corra risco de morte devido a uma gestação ectópica.

O número de equipamentos de ultrassonografia existentes e os médicos ultrassonografistas disponíveis colaboram para que este risco diminua consideravelmente.

Até pequenas cidades dispõem hoje, de pelo menos um equipamento de ultrassonografia para este tipo de diagnóstico.

Todas as gestações fora da cavidade uterina são chamadas de ectópicas.

Há um aumento gradativo deste diagnóstico nos últimos anos.

Felizmente, graças ao diagnóstico precoce, o número de mortes devido à gestação ectópica rota vem diminuindo.

É muito importante e necessário que o obstetra solicite o exame ultrassonográfico precocemente, entre 7 e 9 semanas, para o diagnóstico preciso da localização da gestação extra uterina.

Cerca de 95% das gestações ectópicas ocorrem nas tubas uterinas, sendo a porção ampular a mais frequentemente afetada.,

Além das tubas uterinas, as gestações ectópicas podem ocorrer na cavidade abdominal, nos ovários e na região cervical uterina.

De todas as gestações ectópicas, a abdominal é a que tem possibilidade de ir a termo, porém com sérios riscos para a mãe e feto.

A concomitância de gestação tópica e ectópica é bastante rara, porém tem aumentado sua incidência devido aos procedimentos de indução da ovulação. Esta situação é chamada de gestação heterotópica.

Fatores de risco para gestação ectópica:
• Doença inflamatória pélvica ou salpingite pós-infecção por Chlamydia.
• Cirurgias prévias nas tubas uterinas.
• Laqueaduras prévias.
• Gestação ectópica anterior.

Sinais e sintomas de gestação ectópica íntegra:
• Amenorréia + teste positivo para gravidez.
• Náuseas e vômitos eventuais.
• Dor progressiva unilateral na pelve.
• Sangramento vaginal.
• Massa anexial palpável.

Sinais e sintomas de gestação ectópica rota:
• Dor pélvica intensa e súbita unilateral ou generalizada.
• Dor ao exame clínico ou ultrassonográfico transvaginal.
• Sangramento vaginal.
• Hipotensão arterial e taquicardia (sinais de choque hipovolêmico).
• Ultrassonografia: líquido livre na cavidade abdominal (sangue) e eventualmente massa amorfa anexial.

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